(Onde é que estás?)
Vinha de longe embrulhado num cobertor, pequeno cavalo manso, pele malhada bicolor, era uma oferta e o rapaz estava radiante, recebeu-o com o amor de um pai principiante, dava-lhe leite e com deleite dormia com ele, dava-lhe banho e com empenho escovava o pêlo, e passo a passo foi-lhe ensinando tudo o que a custo aprendera sobre este mundo absurdo, sobre sobrevivência, regras de convivência, perigos, advertências, queria sobretudo ensiná-lo a ser livre tendo em conta isto tudo, ou seja, a voar sozinho, mantendo as patas no mundo, tornaram- se iguais, homem-b****o, b****o-homem, tal e qual na harmonia e na desordem, a metade animal como o lobo ao lobisomem, rapaz e cavalo fundem tanto quanto podem, ambos gostavam de passar tempo sozinhos, (era) comum desaparecerem por alguns dias seguidos, a transgressão era atraente e o desafio à autoridade trazia conflito se o b****o não tinha vontade de seguir o caminho que o menino lhe apontava ou insistia que o destino o queria noutro lado, tal e qual ele já vira no rapaz habituado a dar o grito do Ipiranga para não ser contrariado, ficavam amuados, davam turras e patadas, de costas voltadas até que um deles voltava...e parecia que ia voltar sempre...cavalo jovem pensa que é dono do mundo, tem a atitude de quem quer seguir seu rumo, romper as rédeas e ser como um vagabundo, aventureiro que não pensa no futuro e orgulhoso decidiu ser independente, virou a esquina e perdeu-se de toda a gente e indiferente a sorte não o ajudou se alguma vez quis voltar atrás nunca chegou, o rapaz despedaçado procurou por todo o lado a sua metade, ele esperou esperançado, fez de tudo, correu mundo e ficou cansado, sem a outra parte, ele chorou...o cavalo quis ser livre, tomou a iniciativa, sendo Pégaso é feliz, voa como sempre quis, mas eu sei que ele espera pelo rapaz que em terra seguirá para sempre a estrela que o trouxe até aqui, eu sei que ele espera pelo rapaz que em terra seguirá para sempre a estrela que o trouxe até aqui.
Refrão
O sagitário tem quatro patas no chão, homem-cavalo aponta ao céu com ambição, no planetário é uma constelação,
mas na verdade é a metade de um coração.
Vinha de longe embrulhado num cobertor, pequeno cavalo manso, pele malhada bicolor, era uma oferta e o rapaz estava radiante, recebeu-o com o amor de um pai principiante, dava-lhe leite e com deleite dormia com ele, dava-lhe banho e com empenho escovava o pêlo, e passo a passo foi-lhe ensinando tudo o que a custo aprendera sobre este mundo absurdo, sobre sobrevivência, regras de convivência, perigos, advertências, queria sobretudo ensiná-lo a ser livre tendo em conta isto tudo, ou seja, a voar sozinho, mantendo as patas no mundo, tornaram- se iguais, homem-b****o, b****o-homem, tal e qual na harmonia e na desordem, a metade animal como o lobo ao lobisomem, rapaz e cavalo fundem tanto quanto podem, ambos gostavam de passar tempo sozinhos, (era) comum desaparecerem por alguns dias seguidos, a transgressão era atraente e o desafio à autoridade trazia conflito se o b****o não tinha vontade de seguir o caminho que o menino lhe apontava ou insistia que o destino o queria noutro lado, tal e qual ele já vira no rapaz habituado a dar o grito do Ipiranga para não ser contrariado, ficavam amuados, davam turras e patadas, de costas voltadas até que um deles voltava...e parecia que ia voltar sempre...cavalo jovem pensa que é dono do mundo, tem a atitude de quem quer seguir seu rumo, romper as rédeas e ser como um vagabundo, aventureiro que não pensa no futuro e orgulhoso decidiu ser independente, virou a esquina e perdeu-se de toda a gente e indiferente a sorte não o ajudou se alguma vez quis voltar atrás nunca chegou, o rapaz despedaçado procurou por todo o lado a sua metade, ele esperou esperançado, fez de tudo, correu mundo e ficou cansado, sem a outra parte, ele chorou...o cavalo quis ser livre, tomou a iniciativa, sendo Pégaso é feliz, voa como sempre quis, mas eu sei que ele espera pelo rapaz que em terra seguirá para sempre a estrela que o trouxe até aqui, eu sei que ele espera pelo rapaz que em terra seguirá para sempre a estrela que o trouxe até aqui.
Refrão
O sagitário tem quatro patas no chão, homem-cavalo aponta ao céu com ambição, no planetário é uma constelação,
mas na verdade é a metade de um coração.