Entre a chuva dissolvente
no meu caminho de casa
dou comigo na corrente
desta gente que se arrasta.
Metro, túnel, confusão,
quente suor vespertino
mergulho na multidão,
no dia-a-dia sem destino.
Putos que crescem sem se ver
basta pô-los em frente à televisão
hão-de um dia se esquecer
rasgar retratos, largar-me a mão.
Hão-de um dia se esquecer,
como eu quando cresci.
Será que ainda te lembras
do que fizeram por ti?
E o que foi feito de ti?
E o que foi feito de mim?
E o que foi feito de ti?
Já me lembrei, já me esqueci...
Quando te livrares do peso
desse amor que não entendes,
vais sentir uma outra força
como que uma falta imensa.
E quando deres por ti
entre a chuva dissolvente,
és o pai de uma criança
no seu caminho de casa.
E o que foi feito de ti?
E o que foi feito de mim?
E o que foi feito de ti?
Já me lembrei...
Já me lembrei, já me esqueci...
no meu caminho de casa
dou comigo na corrente
desta gente que se arrasta.
Metro, túnel, confusão,
quente suor vespertino
mergulho na multidão,
no dia-a-dia sem destino.
Putos que crescem sem se ver
basta pô-los em frente à televisão
hão-de um dia se esquecer
rasgar retratos, largar-me a mão.
Hão-de um dia se esquecer,
como eu quando cresci.
Será que ainda te lembras
do que fizeram por ti?
E o que foi feito de ti?
E o que foi feito de mim?
E o que foi feito de ti?
Já me lembrei, já me esqueci...
Quando te livrares do peso
desse amor que não entendes,
vais sentir uma outra força
como que uma falta imensa.
E quando deres por ti
entre a chuva dissolvente,
és o pai de uma criança
no seu caminho de casa.
E o que foi feito de ti?
E o que foi feito de mim?
E o que foi feito de ti?
Já me lembrei...
Já me lembrei, já me esqueci...