Desolador cenário
De antigos pomares orgânicos
Que cederam aos fertelizantes
E insecticidas
Onde a aparência se impõe ao sabor
E a paciência cede
Á pressão do imediato
Ainda não se deram conta
Que todo o fruto do dinheiro
Acaba eventualmente
Com o cair da árvore
Podre, podre
Agora é só prostitutas nessas editoras
Valeu apena teres ido ao ginásio
Do outono á primavera
Já tens corpo suficiente
Para a**inar pela editora
Olha o contracto
90 para eles, pra ti 10%
Até chulos do intendente
Davam-te 50%
Agora és artista major
Cheio de estilo e auto-estima
Moral em cima
Mas cheiras a vaselina
Mais um formatado que fareja
Á procura da platina
Tu amas música
Mas tens de prostitui-la?
Não faças sons profundos
Porque as pessoas adormecem
Lembra-te:
Os tugas dançam melhor do que pensam
Por isso é que as rádios
Só passam sons de amor e festa
E por isso é que temos
Mais discotecas que bibliotecas
Por isso é que os playlistados
Não passam de marionetas
Á muita gente a dar o rabo
Por isso tens de marcar
É só merda
Música independente
Nunca ouves nas radio stations
(Não há espaço)
É muito grande o catálogo dessas majors
?Tás na capa da revista
Não é porque a tua música é inovadora
É só porque a tua editora
Tem mais dinheiro que as outras
Aproveita essa fama
E toda a idolatração
Porque daqui a 16 minutos
Eu ponho-te aqui no underground
Vais da glória ao fracasso
Corrido a pontapé
A história nem guardará para ti
Um rodapé
Vives de joelhos
Nem te vale a camisa do Che
Eu tou na horizontal
Mas ei de morrer de pé
Nesta indústria
Nós damos á música
Tudo o que ela nos dá
Quando o dinheiro acaba
Nós ainda ?tamos cá
Não papam nada do que a rádio programa
Abre a pestana, desintoniza e muda de som
Nós damos á música
Tudo o que ela nos dá
Quando o dinheiro acaba
Nós ainda ?tamos cá
Esses teus idolos mano
São só marionetes
Cantam por cheques
Fazem-no sem alma e sem dom
Dizes que não evoluiste?
Nada aprendi do negócio
E ainda gravo pequenos trechos
E não sei se agora
Os conceitos são os mesmos de outrora
Mas se eu te vejo por aí, música
Deixo tudo e vou-me embora
Para isso não reflectem o gosto
Mas a c**tura do povo
E a indústria explora a ignorância
E por isso cheira a m***
Chico e Zeca consumiram
Uma explicação para o bolso roto
E dos vistos peitos peludos e fios de ouro
Alimenta o sonho, mano
E voa alto
Mas o país tem 10 milhões
?Tás a ser otário
Não sejas a cinderela
Neste conto do vigário
Não chegas ás estrelas
No teu pé de feijão mágico
Nunca, nunca, nunca
Vais ser rico, aceita
Podes até viver disto
Mas não sem cederes a peida
Eles iram lambê-la primeiro
Mas viram-te do avesso
E o dilema que enfrentas
É estabeleceres o teu preço
Nós damos á música
Tudo o que ela nos dá
Quando o dinheiro acaba
Nós ainda tamos cá
Não papam nada do que a rádio programa
Abre a pestana, desintoniza e muda de som
Nós damos á música
Tudo o que ela nos dá
Quando o dinheiro acaba
Nós ainda ?tamos cá
Esses teus idolos mano
São só marionetes
Cantam por cheques
Fazem-no sem alma e sem dom
Eu faço tipo metáfora, boy
Para mim labels são tipo damas, man
Tens aquelas damas tipo
Ya, dão bué nas vistas
Aquela dama de silicone
Vais conhecê-la boy
Não tem nada na cabeça boy
Não te sabe tratar como querer ser tratado, man
Depois tens aquelas damas
As minhas favoritas boy
Low pro
Low profile
Aquelas damas que estão a**im no canto, e quê
Vais ter com elas, conheces
Vais beber um café
Vais curti-las boy
E depois tens aquelas azedas, boy
Azedas, ninguém as quer boy
Elas aí até vêem com um decote bacano
Népia boy, ninguém as quer
Mas digo-te uma cena meu
Para falares delas
A cena é fat se ficares a conhecê-las man
Por isso se elas te convidarem
Aceita o convite
Vai beber um café com as editoras
Vai jantar com as editoras
Vai á night com as editoras
Dá kisses nas editoras
Apalpa as editoras
E fode com editoras, mas repara
Tu não te comprometas
c**primenta-as na cara
Porque elas são ciumentas e não podes fazer nada
Quando te derem o contracto lê
Eu li como a Lara
Eu vim para chamar a música
E tar perto da Sara
No deserto do Sahara
Eles dão-te areia
Queres subir?
Eles dão-te boleia
Mas eu não vou
Não passo de anão
Para mim eles são multibancos sem paga
Porque eu não lhes passo cartão
Passam-me a perna
Se eu passo a mão
Num acordo sujo
Vou comprar sabão
E dou-lhes um autógrafo com a condição
Que o filho é meu
Sou pai presente
E não ?tou na prisão
Uma divisão decente da comissão
Não é ganância
É justiça e decência
É a minha visão
Esta é a minha exigência
Esta é a minha missão
Á minha maneira
Ter a carreira e ter duração
Boysbands pedem por favor
?Só mais um verão!?
?Só mais um refrão!?
?Só mais um anúncio para a prestação!?
E a pergunta para o ano será
?Onde é que eles estão??
Será que ficaram para a história
Ou foi em vão?
É porque a população tem memória curta
Como o pénis no Japão?
Vai para o plano B
Da exposição
Ser real para ti
É num realitty show na televisão
E quando a participação acabar
Vem no teu single de apresentação
Não é a mema coisa, pois não!
Hoje em dia já não há ninguém que te oiça, pois não!
Viste que foste á fast-food
E acabou a digestão
Ambicionavas ver o teu nome
Num cheque de um milhão
Não é preciso ser nome de rua, escola ou pavilhão
Ao príncipio pensava que as editoras eram o papão
Reconciliação nem é dela
O Peter deu-me o cartão
E se o cartão ainda existe
É por alguma razão
Muitos ficam filtros
Quando chego a uma conclusão
Não á respeito
São o preconceito na aceitação
Não há controlo e o rap crioulo ainda não tem edição
Numa major nem que seja só ?pa distribuição
Já nem oiço a rádio, man
È só poluição
Eu dou á música o que ela me dá
Quando o dinheiro acaba
Ainda tou cá!
A criar um 7ºA!
Eu não concordo com o Paredes, na sua frase mais bela
Eu amo demasiado a música pa? não viver dela
Não quero trabalhar num escritório
Isso para mim é fatela
Á música dou tudo o que ela me dá
Rádio não passa o meu som
Mas ainda tou cá
Ajudei os manos mais puros
No meu habitat
Nós seremos a mudança que o futuro trará
Á música dou tudo o que ela me dá
Á música dou tudo o que ela me dá
Á música dou tudo o que ela me dá
Rádio não passa o meu som
Mas ainda tou cá
Ajudei os manos mais puros
No meu habitat
Nós seremos a mudança que o futuro trará
Á música dou tudo o que ela me dá
Quero ser como o Sérgio
Quero ser como o Zeca
Quero 8 albuns antes de eu ficar careca
Baza fazer as cenas
Pôr cenas novas na mesa, man
Não tragam o pudim
O pudim já tá na mesa, man
Tragam arroz doce, boy
Falta arroz doce
Ya, e inspirem-se pelo Keidge Lima
Mas não rimem como o Keidge rima
Façam cenas novas, man
Editoras, apostem em cenas novas!
É isso que a gente quer
Mantenham isso na cabeça, ya?
Nós somos a equipa da 3ª divisão
Que tem como única motivação
O amor ao jogo
Que se entrega incondicionalmente
De alma e de corpo
Humildes mas nunca submissos
Voçês podem trazer a vossa equipa
Tragam a vossa equipa de luxo
Com os vossos melhores jogadores
Os vossos melhores jogadores que para o ano
?Tão no banco de suplentes
Podem a**ediar-nos
Podem até comprar alguns do nosso plantel
Mas nunca
Vocês nunca
Nos terão a todos como família
De antigos pomares orgânicos
Que cederam aos fertelizantes
E insecticidas
Onde a aparência se impõe ao sabor
E a paciência cede
Á pressão do imediato
Ainda não se deram conta
Que todo o fruto do dinheiro
Acaba eventualmente
Com o cair da árvore
Podre, podre
Agora é só prostitutas nessas editoras
Valeu apena teres ido ao ginásio
Do outono á primavera
Já tens corpo suficiente
Para a**inar pela editora
Olha o contracto
90 para eles, pra ti 10%
Até chulos do intendente
Davam-te 50%
Agora és artista major
Cheio de estilo e auto-estima
Moral em cima
Mas cheiras a vaselina
Mais um formatado que fareja
Á procura da platina
Tu amas música
Mas tens de prostitui-la?
Não faças sons profundos
Porque as pessoas adormecem
Lembra-te:
Os tugas dançam melhor do que pensam
Por isso é que as rádios
Só passam sons de amor e festa
E por isso é que temos
Mais discotecas que bibliotecas
Por isso é que os playlistados
Não passam de marionetas
Á muita gente a dar o rabo
Por isso tens de marcar
É só merda
Música independente
Nunca ouves nas radio stations
(Não há espaço)
É muito grande o catálogo dessas majors
?Tás na capa da revista
Não é porque a tua música é inovadora
É só porque a tua editora
Tem mais dinheiro que as outras
Aproveita essa fama
E toda a idolatração
Porque daqui a 16 minutos
Eu ponho-te aqui no underground
Vais da glória ao fracasso
Corrido a pontapé
A história nem guardará para ti
Um rodapé
Vives de joelhos
Nem te vale a camisa do Che
Eu tou na horizontal
Mas ei de morrer de pé
Nesta indústria
Nós damos á música
Tudo o que ela nos dá
Quando o dinheiro acaba
Nós ainda ?tamos cá
Não papam nada do que a rádio programa
Abre a pestana, desintoniza e muda de som
Nós damos á música
Tudo o que ela nos dá
Quando o dinheiro acaba
Nós ainda ?tamos cá
Esses teus idolos mano
São só marionetes
Cantam por cheques
Fazem-no sem alma e sem dom
Dizes que não evoluiste?
Nada aprendi do negócio
E ainda gravo pequenos trechos
E não sei se agora
Os conceitos são os mesmos de outrora
Mas se eu te vejo por aí, música
Deixo tudo e vou-me embora
Para isso não reflectem o gosto
Mas a c**tura do povo
E a indústria explora a ignorância
E por isso cheira a m***
Chico e Zeca consumiram
Uma explicação para o bolso roto
E dos vistos peitos peludos e fios de ouro
Alimenta o sonho, mano
E voa alto
Mas o país tem 10 milhões
?Tás a ser otário
Não sejas a cinderela
Neste conto do vigário
Não chegas ás estrelas
No teu pé de feijão mágico
Nunca, nunca, nunca
Vais ser rico, aceita
Podes até viver disto
Mas não sem cederes a peida
Eles iram lambê-la primeiro
Mas viram-te do avesso
E o dilema que enfrentas
É estabeleceres o teu preço
Nós damos á música
Tudo o que ela nos dá
Quando o dinheiro acaba
Nós ainda tamos cá
Não papam nada do que a rádio programa
Abre a pestana, desintoniza e muda de som
Nós damos á música
Tudo o que ela nos dá
Quando o dinheiro acaba
Nós ainda ?tamos cá
Esses teus idolos mano
São só marionetes
Cantam por cheques
Fazem-no sem alma e sem dom
Eu faço tipo metáfora, boy
Para mim labels são tipo damas, man
Tens aquelas damas tipo
Ya, dão bué nas vistas
Aquela dama de silicone
Vais conhecê-la boy
Não tem nada na cabeça boy
Não te sabe tratar como querer ser tratado, man
Depois tens aquelas damas
As minhas favoritas boy
Low pro
Low profile
Aquelas damas que estão a**im no canto, e quê
Vais ter com elas, conheces
Vais beber um café
Vais curti-las boy
E depois tens aquelas azedas, boy
Azedas, ninguém as quer boy
Elas aí até vêem com um decote bacano
Népia boy, ninguém as quer
Mas digo-te uma cena meu
Para falares delas
A cena é fat se ficares a conhecê-las man
Por isso se elas te convidarem
Aceita o convite
Vai beber um café com as editoras
Vai jantar com as editoras
Vai á night com as editoras
Dá kisses nas editoras
Apalpa as editoras
E fode com editoras, mas repara
Tu não te comprometas
c**primenta-as na cara
Porque elas são ciumentas e não podes fazer nada
Quando te derem o contracto lê
Eu li como a Lara
Eu vim para chamar a música
E tar perto da Sara
No deserto do Sahara
Eles dão-te areia
Queres subir?
Eles dão-te boleia
Mas eu não vou
Não passo de anão
Para mim eles são multibancos sem paga
Porque eu não lhes passo cartão
Passam-me a perna
Se eu passo a mão
Num acordo sujo
Vou comprar sabão
E dou-lhes um autógrafo com a condição
Que o filho é meu
Sou pai presente
E não ?tou na prisão
Uma divisão decente da comissão
Não é ganância
É justiça e decência
É a minha visão
Esta é a minha exigência
Esta é a minha missão
Á minha maneira
Ter a carreira e ter duração
Boysbands pedem por favor
?Só mais um verão!?
?Só mais um refrão!?
?Só mais um anúncio para a prestação!?
E a pergunta para o ano será
?Onde é que eles estão??
Será que ficaram para a história
Ou foi em vão?
É porque a população tem memória curta
Como o pénis no Japão?
Vai para o plano B
Da exposição
Ser real para ti
É num realitty show na televisão
E quando a participação acabar
Vem no teu single de apresentação
Não é a mema coisa, pois não!
Hoje em dia já não há ninguém que te oiça, pois não!
Viste que foste á fast-food
E acabou a digestão
Ambicionavas ver o teu nome
Num cheque de um milhão
Não é preciso ser nome de rua, escola ou pavilhão
Ao príncipio pensava que as editoras eram o papão
Reconciliação nem é dela
O Peter deu-me o cartão
E se o cartão ainda existe
É por alguma razão
Muitos ficam filtros
Quando chego a uma conclusão
Não á respeito
São o preconceito na aceitação
Não há controlo e o rap crioulo ainda não tem edição
Numa major nem que seja só ?pa distribuição
Já nem oiço a rádio, man
È só poluição
Eu dou á música o que ela me dá
Quando o dinheiro acaba
Ainda tou cá!
A criar um 7ºA!
Eu não concordo com o Paredes, na sua frase mais bela
Eu amo demasiado a música pa? não viver dela
Não quero trabalhar num escritório
Isso para mim é fatela
Á música dou tudo o que ela me dá
Rádio não passa o meu som
Mas ainda tou cá
Ajudei os manos mais puros
No meu habitat
Nós seremos a mudança que o futuro trará
Á música dou tudo o que ela me dá
Á música dou tudo o que ela me dá
Á música dou tudo o que ela me dá
Rádio não passa o meu som
Mas ainda tou cá
Ajudei os manos mais puros
No meu habitat
Nós seremos a mudança que o futuro trará
Á música dou tudo o que ela me dá
Quero ser como o Sérgio
Quero ser como o Zeca
Quero 8 albuns antes de eu ficar careca
Baza fazer as cenas
Pôr cenas novas na mesa, man
Não tragam o pudim
O pudim já tá na mesa, man
Tragam arroz doce, boy
Falta arroz doce
Ya, e inspirem-se pelo Keidge Lima
Mas não rimem como o Keidge rima
Façam cenas novas, man
Editoras, apostem em cenas novas!
É isso que a gente quer
Mantenham isso na cabeça, ya?
Nós somos a equipa da 3ª divisão
Que tem como única motivação
O amor ao jogo
Que se entrega incondicionalmente
De alma e de corpo
Humildes mas nunca submissos
Voçês podem trazer a vossa equipa
Tragam a vossa equipa de luxo
Com os vossos melhores jogadores
Os vossos melhores jogadores que para o ano
?Tão no banco de suplentes
Podem a**ediar-nos
Podem até comprar alguns do nosso plantel
Mas nunca
Vocês nunca
Nos terão a todos como família