Sou filho do interior Do grande Estado mineiro
Fui um herói sem medalha Na profissão de carreiro
Puxando tora do mato Com doze bois pantaneiros
Eu ajudei desbravar Nosso sertão brasileiro
Sem vaidade eu confesso Do nosso imenso progresso
Eu fui um dos pioneiros
Vejam como o destino Muda a vida de um homem
Uma doença malvada Minha boiada consome
Só ficou um boi mestiço Que chamava Lobisome
Por ser preto igual carvão Foi que eu pus esse nome
Em pouco tempo depois Eu vendi aquele boi
Pros filhos não passar fome
Aborrecido com sorte Dalí resolvi mudar
E numa cidade grande Com a família fui morar
Por eu ser a***fabeto Tive que me sujeitar
Trabalhar no matadouro Para o pão poder ganhar
Como eu era um homem forte Nuqueava o gado de corte
Pros companheiros sangrar
Veja bem a nossa vida Como muda de repente
Eu que às vezes chorava Quando um boi ficava doente
Alí eu era obrigado Matar o rês inocente
Mas certo dia o destino Me transformou novamente
Um boi de cor de carvão Pra morrer nas minhas mãos
Estava na minha frente
Quando eu vi meu boi carreiro Não contive a emoção
Meus olhos encheram d'água E o pranto caiu no chão
O boi meu reconheceu E lambeu a minha mão
Sem poder salvar a vida Do boi de estimação
Pedi a conta e fui embora Desisti na mesma hora
Dessa ingrata profissão
Fui um herói sem medalha Na profissão de carreiro
Puxando tora do mato Com doze bois pantaneiros
Eu ajudei desbravar Nosso sertão brasileiro
Sem vaidade eu confesso Do nosso imenso progresso
Eu fui um dos pioneiros
Vejam como o destino Muda a vida de um homem
Uma doença malvada Minha boiada consome
Só ficou um boi mestiço Que chamava Lobisome
Por ser preto igual carvão Foi que eu pus esse nome
Em pouco tempo depois Eu vendi aquele boi
Pros filhos não passar fome
Aborrecido com sorte Dalí resolvi mudar
E numa cidade grande Com a família fui morar
Por eu ser a***fabeto Tive que me sujeitar
Trabalhar no matadouro Para o pão poder ganhar
Como eu era um homem forte Nuqueava o gado de corte
Pros companheiros sangrar
Veja bem a nossa vida Como muda de repente
Eu que às vezes chorava Quando um boi ficava doente
Alí eu era obrigado Matar o rês inocente
Mas certo dia o destino Me transformou novamente
Um boi de cor de carvão Pra morrer nas minhas mãos
Estava na minha frente
Quando eu vi meu boi carreiro Não contive a emoção
Meus olhos encheram d'água E o pranto caiu no chão
O boi meu reconheceu E lambeu a minha mão
Sem poder salvar a vida Do boi de estimação
Pedi a conta e fui embora Desisti na mesma hora
Dessa ingrata profissão