Tudo na vida nos diz
que é num momento fugaz
o tempo de um raio-x
que a gente quer ser feliz
vai ser capaz?
Vai ser capaz de sair?
vai ser capaz de aguentar?
por todo o ser no parar
e nisso enfim emergir
vir respirar!
Não respire!
Pode respirar...
Ando sobre brasas
desço a ladeira
com o trocado certo
dentro da algibeira
É um dia que morre
e outro que nasce
se encontrar o homem
o negócio faz-se
Este bairro ao vento
é meu desamigo
quero mais eu quero mais
eu bato ao postigo
Tremo e treme o vento
quero de novo
o falcão que pousa
no meu braço o seu ovo
Não respire!
Pode respirar...
Ando sobre rodas
subo à cidade
giro na rotunda
do Marquês de Sade
Esquartejou os Távoras
e os Jesuítas
desenhou prás casas
as ruas malditas
Liberdade é nome
só de avenida
longe fica o rio
da impossível partida
Um barco trancado
na minha veia
e braços como aranhas
enredadas na teia
Não respire!
Pode respirar...
Vou deitado em pregos
eu vou de maca
e é na sala branca
que chega a ressaca
Na sala castanha
chega a polícia
preso reincidente
já não é notícia
Grito que me perco
ninguém me acode
quem já me matou
também que não se incomode
Sou só carne e osso
belo dueto
vou doar à pátria
o coração e o esqueleto
Não respire!
Pode respirar...
Tudo na vida nos diz
que é num momento fugaz
o tempo de um raio-x
que a gente quer ser feliz
vai ser capaz?
Vai ser capaz de sair?
vai ser capaz de aguentar?
pode tudo o ser no parar
e nisso enfim emergir
vir respirar!
que é num momento fugaz
o tempo de um raio-x
que a gente quer ser feliz
vai ser capaz?
Vai ser capaz de sair?
vai ser capaz de aguentar?
por todo o ser no parar
e nisso enfim emergir
vir respirar!
Não respire!
Pode respirar...
Ando sobre brasas
desço a ladeira
com o trocado certo
dentro da algibeira
É um dia que morre
e outro que nasce
se encontrar o homem
o negócio faz-se
Este bairro ao vento
é meu desamigo
quero mais eu quero mais
eu bato ao postigo
Tremo e treme o vento
quero de novo
o falcão que pousa
no meu braço o seu ovo
Não respire!
Pode respirar...
Ando sobre rodas
subo à cidade
giro na rotunda
do Marquês de Sade
Esquartejou os Távoras
e os Jesuítas
desenhou prás casas
as ruas malditas
Liberdade é nome
só de avenida
longe fica o rio
da impossível partida
Um barco trancado
na minha veia
e braços como aranhas
enredadas na teia
Não respire!
Pode respirar...
Vou deitado em pregos
eu vou de maca
e é na sala branca
que chega a ressaca
Na sala castanha
chega a polícia
preso reincidente
já não é notícia
Grito que me perco
ninguém me acode
quem já me matou
também que não se incomode
Sou só carne e osso
belo dueto
vou doar à pátria
o coração e o esqueleto
Não respire!
Pode respirar...
Tudo na vida nos diz
que é num momento fugaz
o tempo de um raio-x
que a gente quer ser feliz
vai ser capaz?
Vai ser capaz de sair?
vai ser capaz de aguentar?
pode tudo o ser no parar
e nisso enfim emergir
vir respirar!