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Divino Lyrics

Quase nunca vou a festa,
não vejo televisão,
não gosto de usar vermelho,
não me banho com loção.
Não sei falar esperanto,
conversa fiada, eu não,
quando durmo, sonho sonho,
quando acordo, como pão.

São Judas, São Benedito,
São Cosme, Cristinho meu,
a paixão é roupa velha
que o rato da dor roeu,
que o rato da dor roeu.

Passo horas só passando,
como o ferro que só passa,
cachaça boa eu conheço,
é pelo brilho da taça.
O mundo anda sem guia,
making-of da desgraça,
road movie sem governo,
ave-maria sem graça.
O mal da naftalina
é a vitória da traça.

São Judas, São Benedito,
São Cosme, Cristinho meu,
a paixão é roupa velha
que o rato da dor roeu,
que o rato da dor roeu.
O carro que eu andava
parou pra trocar pneu.
A existência é um carro
na oficina de Deus.

São Judas, São Benedito,
São Cosme, Cristinho meu,
a paixão é roupa velha
que o rato da dor roeu,
que o rato da dor roeu.
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Rita Ribeiro (1997)