António dos Santos - Alfredo Marceneiro
Minha alma de amor sedenta, sequiosa
Barco sem rumo e sem Deus, fora do mundo
Anda à mercê da tormenta, tenebrosa
Desse mar dos olhos teus, negro e profundo
Essa dádiva total, e quase louca
Que me pedes hora a hora, a cada instante
É o que a minha alma te dá, sem nada em troca
Quando de amor por ti chora, soluçante
Se eu um dia te perder, na minha vida
Jurarei virada aos céus, ao sol e à lua
Os perdoes que Deus me der, arrependida
Meu amor são todos teus, como eu sou tua
É uma causa perdida, pois não deve
O ser proibido amar, e desejar
Quem perde um amor na vida, que é tão breve
Jamais devia cantar, e até sonhar.
Minha alma de amor sedenta, sequiosa
Barco sem rumo e sem Deus, fora do mundo
Anda à mercê da tormenta, tenebrosa
Desse mar dos olhos teus, negro e profundo
Essa dádiva total, e quase louca
Que me pedes hora a hora, a cada instante
É o que a minha alma te dá, sem nada em troca
Quando de amor por ti chora, soluçante
Se eu um dia te perder, na minha vida
Jurarei virada aos céus, ao sol e à lua
Os perdoes que Deus me der, arrependida
Meu amor são todos teus, como eu sou tua
É uma causa perdida, pois não deve
O ser proibido amar, e desejar
Quem perde um amor na vida, que é tão breve
Jamais devia cantar, e até sonhar.