Eu quis um violino no telhado
E uma arara exótica no banho
Eu quis uma toalha de brocado
E um pavão real do meu tamanho
Eu quis todos os cheiros do pecado
E toda a santidade que não tenho
Eu quis uma pintura aos pés da cama
Infinita de azul e perspectiva
Eu quis ouvir as Cármina Burana
Na hora da orgia prometida
Eu quis uma opulência de sultana
E a miséria amarga da mendiga
Eu quis um vinho feito de medronho
De veneno, de beijos, de suspiros
Eu quis a morte de viver dum sonho
Eu quis a sorte de morrer dum tiro
Eu quis chorar por ti durante o sono
Eu quis ao acordar fugir contigo
Mas tudo o que é excessivo é muito pouco
Por isso fiquei só, com o meu corpo
Mas tudo o que é excessivo é muito pouco
Por isso fiquei só, com o meu corpo
E uma arara exótica no banho
Eu quis uma toalha de brocado
E um pavão real do meu tamanho
Eu quis todos os cheiros do pecado
E toda a santidade que não tenho
Eu quis uma pintura aos pés da cama
Infinita de azul e perspectiva
Eu quis ouvir as Cármina Burana
Na hora da orgia prometida
Eu quis uma opulência de sultana
E a miséria amarga da mendiga
Eu quis um vinho feito de medronho
De veneno, de beijos, de suspiros
Eu quis a morte de viver dum sonho
Eu quis a sorte de morrer dum tiro
Eu quis chorar por ti durante o sono
Eu quis ao acordar fugir contigo
Mas tudo o que é excessivo é muito pouco
Por isso fiquei só, com o meu corpo
Mas tudo o que é excessivo é muito pouco
Por isso fiquei só, com o meu corpo