(De quem é esse jegue?
De quem é esse jegue?
De quem é esse jegueee... Ô rapaz!
Não é jegue não, é jumento!)
Tava ruim lá na Bahia
Profissão de bóia-fria,
Trabalhando noite e dia
Não era isso que eu queria!
Eu vim mimbora prá São Paulo.
Eu vim no lombo dum jumento,
Com pouco conhecimento
Enfrentando chuva e vento,
Dando uns peido fedorento,
Até na bunda fez um calo
Chegando na capital,
Uns puta predião legal.
As mina pagando um pau,
Mas meu jumento tava mal
Precisando reformar
Fiz a pintura,
Importei quatro ferradura,
Troquei até dentadura
E prá completar a belezura
Eu instalei um Roadstar!
Descendo com o jumento na maior vula
Ultrapassei farol vermelho
Dei de frente com uma mula
Saí avuando, parecia um foguete
Só não estourei meu coco pois tava de capacete
Me alevantei o dono da mula gritando
O povo em volta tudo olhando
E ninguém prá me socorrer
Fugi mancando e a multidão se amontoando
Em coro tudo gritando:
Baiano, cê vai morrê!
Depois desse sofrimento
A maior desilusão
Prá aumentar meu lamento
Foi-se embora meu jumento
E me deixou as prestação
Hoje eu tô arrependido de ter feito migração
Volto prá casa fudido, com um monte de apelido
O mais bonito é cabeção...
De quem é esse jegue?
De quem é esse jegueee... Ô rapaz!
Não é jegue não, é jumento!)
Tava ruim lá na Bahia
Profissão de bóia-fria,
Trabalhando noite e dia
Não era isso que eu queria!
Eu vim mimbora prá São Paulo.
Eu vim no lombo dum jumento,
Com pouco conhecimento
Enfrentando chuva e vento,
Dando uns peido fedorento,
Até na bunda fez um calo
Chegando na capital,
Uns puta predião legal.
As mina pagando um pau,
Mas meu jumento tava mal
Precisando reformar
Fiz a pintura,
Importei quatro ferradura,
Troquei até dentadura
E prá completar a belezura
Eu instalei um Roadstar!
Descendo com o jumento na maior vula
Ultrapassei farol vermelho
Dei de frente com uma mula
Saí avuando, parecia um foguete
Só não estourei meu coco pois tava de capacete
Me alevantei o dono da mula gritando
O povo em volta tudo olhando
E ninguém prá me socorrer
Fugi mancando e a multidão se amontoando
Em coro tudo gritando:
Baiano, cê vai morrê!
Depois desse sofrimento
A maior desilusão
Prá aumentar meu lamento
Foi-se embora meu jumento
E me deixou as prestação
Hoje eu tô arrependido de ter feito migração
Volto prá casa fudido, com um monte de apelido
O mais bonito é cabeção...