Barquinho de papel
sem nome, sem patrão
e sem bandeira
navegando sem timão
por onde a corrente queira.
Aventureiro audaz.
Pirata de papel quadriculado
que minha mão, sem passado,
deitou à beira dum canal.
Quando o canal era um rio.
Quando o tanque era o mar
e navegar
era brincar com o vento.
Era um sorriso em tempo
fugindo bem feliz
de país em país
entre a escola e minha casa.
Depois o tempo passa
e você esquece aquele
barquinho de papel.
Barquinho de papel
em que estranho areal
estão encalhados
teu sorriso e meu passado
vestidos de colegial
sem nome, sem patrão
e sem bandeira
navegando sem timão
por onde a corrente queira.
Aventureiro audaz.
Pirata de papel quadriculado
que minha mão, sem passado,
deitou à beira dum canal.
Quando o canal era um rio.
Quando o tanque era o mar
e navegar
era brincar com o vento.
Era um sorriso em tempo
fugindo bem feliz
de país em país
entre a escola e minha casa.
Depois o tempo passa
e você esquece aquele
barquinho de papel.
Barquinho de papel
em que estranho areal
estão encalhados
teu sorriso e meu passado
vestidos de colegial