Silêncio!
Do silêncio faço um grito,
Que o corpo todo me dói.
Deixai-me chorar um pouco...
De Sombra, à sombra,
A um céu, tão recolhido
De sombra a sombra
Já lhe perdi o sentido.
Ó céu!
Aqui que me falta luz,
Aqui que me falta uma estrela.
Chora-se mais,
Quando se vive atrás dela.
E eu,
A quem o sol esqueceu,
Sou eu que o mundo perdeu.
Só choro agora
Por quem morre e já não chora.
Solidão!
Que nem mesmo és sendeira,
Há sempre uma companheira:
Uma profunda amargura.
Ai, solidão!
Quem fora escorpião!
Ai, solidão!
E se mordera a cabeça!
Deus!
Já fui pra além da vida!
Do que já fui, tenho sede!
Sou sombra triste
Encostada a parede.
Adeus!
Vida que tanto duras!
Vem morte,
Que tanto tardas!
Ai, como dói
A solidão, quase loucura!
Adeus!
Já fui pra além da vida!
Do que já fui, tenho sede!
Sou sombra triste
Encostada a parede.
Adeus!
Vida que tanto duras!
Vem morte,
Que tanto tardas!
Ai, como dói
A solidão, quase loucura!
Do silêncio faço um grito,
Que o corpo todo me dói.
Deixai-me chorar um pouco...
De Sombra, à sombra,
A um céu, tão recolhido
De sombra a sombra
Já lhe perdi o sentido.
Ó céu!
Aqui que me falta luz,
Aqui que me falta uma estrela.
Chora-se mais,
Quando se vive atrás dela.
E eu,
A quem o sol esqueceu,
Sou eu que o mundo perdeu.
Só choro agora
Por quem morre e já não chora.
Solidão!
Que nem mesmo és sendeira,
Há sempre uma companheira:
Uma profunda amargura.
Ai, solidão!
Quem fora escorpião!
Ai, solidão!
E se mordera a cabeça!
Deus!
Já fui pra além da vida!
Do que já fui, tenho sede!
Sou sombra triste
Encostada a parede.
Adeus!
Vida que tanto duras!
Vem morte,
Que tanto tardas!
Ai, como dói
A solidão, quase loucura!
Adeus!
Já fui pra além da vida!
Do que já fui, tenho sede!
Sou sombra triste
Encostada a parede.
Adeus!
Vida que tanto duras!
Vem morte,
Que tanto tardas!
Ai, como dói
A solidão, quase loucura!