Ás vezes sinto desejo
De ofender-te, embora iluda
Meu coração a sofrer
Mas fico, quando te vejo
Tão pequenina e tão muda
Com tanto p'ra te dizer
É então que a minha boca
Porta voz desta alma louca
Murmura quase sem querer
Sou tua
Como o luar é da lua
Como as pedras são da rua
E p'ra ser tua nasci
Sou tua
Tão tua que me convenço
Que já nem a mim pertenço
Que sou um pouco de ti
Sou tua
Deixai-me gritar ao vento
P'ra que o vento num lamento
Diga ao mar, à terra, ao céu
Sou tua
E deixa que os olhos meus
Só vejam p'ra ver os teus
Embora não sejas meu
Sou tua
E deixa que os olhos meus
Só vejam p'ra ver os teus
Embora não sejas meu
De ofender-te, embora iluda
Meu coração a sofrer
Mas fico, quando te vejo
Tão pequenina e tão muda
Com tanto p'ra te dizer
É então que a minha boca
Porta voz desta alma louca
Murmura quase sem querer
Sou tua
Como o luar é da lua
Como as pedras são da rua
E p'ra ser tua nasci
Sou tua
Tão tua que me convenço
Que já nem a mim pertenço
Que sou um pouco de ti
Sou tua
Deixai-me gritar ao vento
P'ra que o vento num lamento
Diga ao mar, à terra, ao céu
Sou tua
E deixa que os olhos meus
Só vejam p'ra ver os teus
Embora não sejas meu
Sou tua
E deixa que os olhos meus
Só vejam p'ra ver os teus
Embora não sejas meu