Sigo-me antes de nascer,
sou muito mais que uma memória,
Monumento granítico de carne
erguido fundo nos céus,
deslizando pensamentos
em espirais de fumo ascendente.
lembro-me de mim...
demónio de mim mesmo,
grande como todo o universo,
fazendo as próprias estruturas do pensamento divino ceder.
Demónio de mim,
rasgando a minha própria pele
em delírios e febres
sobre a fina lamina do julgamento.
E ardia alto o fogo,
a chama que nos provava o corpo
e lambia os olhos e as feridas,
os incandescentes braços paternos
que nos levaram a contemplar,
bem alto,
o fundo do abismo.
Eis!
O vibrante murmurar da noite eterna,
fragmentos de dor colidindo
contra a superfície sagrada do meu corpo.
A etérea matéria
fundindo-se compacta no meu ser.
Eis!
De asas bem abertas,
o vazio,
os espaços entre os espaços,
a suprema ausência.
Eis!
Os olhos do Ouroboros,
torre no topo da queda,
a luz que me fez seguir a minha sombra até aqui.
Sigo-me antes de nascer
e escolhi cair para me erguer.
sou muito mais que uma memória,
Monumento granítico de carne
erguido fundo nos céus,
deslizando pensamentos
em espirais de fumo ascendente.
lembro-me de mim...
demónio de mim mesmo,
grande como todo o universo,
fazendo as próprias estruturas do pensamento divino ceder.
Demónio de mim,
rasgando a minha própria pele
em delírios e febres
sobre a fina lamina do julgamento.
E ardia alto o fogo,
a chama que nos provava o corpo
e lambia os olhos e as feridas,
os incandescentes braços paternos
que nos levaram a contemplar,
bem alto,
o fundo do abismo.
Eis!
O vibrante murmurar da noite eterna,
fragmentos de dor colidindo
contra a superfície sagrada do meu corpo.
A etérea matéria
fundindo-se compacta no meu ser.
Eis!
De asas bem abertas,
o vazio,
os espaços entre os espaços,
a suprema ausência.
Eis!
Os olhos do Ouroboros,
torre no topo da queda,
a luz que me fez seguir a minha sombra até aqui.
Sigo-me antes de nascer
e escolhi cair para me erguer.