Ao cair da noite, salta o muro
Deita abaixo a porta da fachada
Vai p´lo corredor comprido e escuro
Corre os cantos da casa abandonada
Pelas brechas do soalho apodrecido
Saúda com a ponta dos teus dedos
O chão inicial que foi escondido
A pedra que guardou os teus segredos
Desmonta uma a uma as fechaduras
Rasga as cortinas, esventra as almofadas
Para que ´as penas cubram as molduras
E voem p´las janelas escancaradas
Destapa os retratos de família
Dos lençóis que os protegem da poeira
Transforma cada peça da mobília
Em achas preparadas prá fogueira
P´la sala espalha ramos de alecrim
Acende um candelabro bem no centro
Fuma um cigarro, sai pelo jardim
E entra cantando p´lo dia dentro
Deita abaixo a porta da fachada
Vai p´lo corredor comprido e escuro
Corre os cantos da casa abandonada
Pelas brechas do soalho apodrecido
Saúda com a ponta dos teus dedos
O chão inicial que foi escondido
A pedra que guardou os teus segredos
Desmonta uma a uma as fechaduras
Rasga as cortinas, esventra as almofadas
Para que ´as penas cubram as molduras
E voem p´las janelas escancaradas
Destapa os retratos de família
Dos lençóis que os protegem da poeira
Transforma cada peça da mobília
Em achas preparadas prá fogueira
P´la sala espalha ramos de alecrim
Acende um candelabro bem no centro
Fuma um cigarro, sai pelo jardim
E entra cantando p´lo dia dentro