Espere que eu vou contar, espere que eu vou contar,
um pouco da minha vida, como foi minha subida pra no sucesso chegar.
Espere que eu vou contar, espere que eu vou contar,
Como foi minha subida e um pouco da minha vida e pra no sucesso chegar.
Espere que eu vou contar
Eu vou contar meu nascimento, com todo meu sofrimento,
a de quando eu nasci pra cá.
Ô quando foi pra eu nascer, houve um eclipse da lua,
caiu um taco da rua, um cachorro pegou o rabo.
Espere que eu vou contar
Uma gata deu uma mulestia, uma muda quebrou a testa num bule de butá chá.
Espere que eu vou contar
E meu pai furou-se num prego, a minha irmã fugiu com um cego e meu tio deu pra roubar.
Espere que eu vou contar
E o nome da minha mãe era Amélia da Conceição e papai tomava um pifame dos dois olhos atravessar.
Espere que eu vou contar
E o nome do meu pai José Francisco Cardoso era o velho mais mentiroso a que o brasil pode criar.
espere que eu vou contar
O nome da minha vó Cecilia Brito Ferreira era a velha mais fuazeira do forró de Jiquiá.
Espere que eu vou contar
Até que cehgou um dia papai foi dançar um samba na casa de zé muamba la na Rua do Ingá.
Espere que eu vou contar
Papai dançando com mamãe os dois já tava chumbado e dava cada umbigada do peneira levantar.
Espere que eu vou contar
Ai me deram um repuxo e eu gritei dentro do bucho ô isso é samba ou um azar?
Espere que eu vou contar
Quando foi com poucos dias, mamae começou sofrer,
ai disse pra papai ô negrinho pode ver uma parteira pra mim
que o "garotin" quer nascer.
Espere que eu vou contar
Meu pai saiu na carreira, e doido desimbestado,
Era poeira cobrindo, tinha um velho abestalhado,
E ele chegou numa venda ficou bebendo fiado.
Espere que eu vou contar
Ele chegou numa venda, pediu uma cana fria,
Encontrou-se com um c**pade, muitos anos que não via,
Encheu a cara de cana e veio chegar com 15 dias.
Espere que eu vou contar
E quando a parteira chegou, aí eu tinha nascido,
A parteira de pileque, e papai quase caindo,
Ela chegou de caçola, que a saia tinha perdido.
Espere que eu vou contar
Quando a parteira chegou, era somente sorrindo,
Com um cachimbo na boca, de vez em quando cuspindo,
E era arrudiando a cama e o fumaçeiro cobrindo.
Espere que eu vou contar
E eu nasci mais no perigo, e pra contar o meu umbigo, num tinha com que cortar.
Espere que eu vou contar
E tinha uma foice velha num munturo abandonada,
Tava toda enferrujada e relou pra lá e pra cá.
Espere que eu vou contar
Quando contarm o meu umbigo , e depois jogaram fora,
um urubu passou na hora, botou no bico e dê cá.
Espere que eu vou contar
O urubu saiu voando, e o carcará farejando, aperreando até tomá.
Espere que eu vou contar
Minha mãe saiu de casa, sem ter rumo e paradeiro,
Com muito pouco dinheiro, e com seis filhos pra criar.
Espere que eu vou contar
Chegando em Jaboatão, quando acabou o dinheiro,
Meu irmão fez dois pandeiros, de lata pra nós tocar.
Espere que eu vou contar
Quando chegamos na praça, no centro de Jaboatão,
Com dois pandeiro na mão, o povo pegou a juntar.
Espere que eu vou contar
Foi quando o prefeito chegou, disse que coisa estranha,
Um tem cara de caju e o outro cara de castanha.
Espere que eu vou contar
Partimos para o Recife no Mercado São José,
O povo ficava de pé pra ver a gente cantar.
Espere que eu vou contar
Fazia aquela rodada, era aquela alegria,
E quando ia cobrar o povo todo corria.
Espere que eu vou contar
Viemos para São Paulo, com uma mão na frente e outra atrás,
Que quando a gente chegou ficamos preso no Brás.
Espere que eu vou contar
Mas umdia em São Paulo, tava frio tava vento,
E a gente dois matutos, parecendo dois jumentos,
E a policia perguntou cadê logos os documentos
Espere que eu vou contar
E começou o sofrimento comigo e com meu irmão,
E a gente foi morar debaixo do minhocão.
Espere que eu vou contar
Mas Jesus que é verdadeiro e o seu nome é honrado,
E o caju gravou na cama para morrer consagrado.
Espere que eu vou contar, espere que eu vou contar,
um pouco da minha vida, como foi minha subida pra no sucesso chegar. (6x)
um pouco da minha vida, como foi minha subida pra no sucesso chegar.
Espere que eu vou contar, espere que eu vou contar,
Como foi minha subida e um pouco da minha vida e pra no sucesso chegar.
Espere que eu vou contar
Eu vou contar meu nascimento, com todo meu sofrimento,
a de quando eu nasci pra cá.
Ô quando foi pra eu nascer, houve um eclipse da lua,
caiu um taco da rua, um cachorro pegou o rabo.
Espere que eu vou contar
Uma gata deu uma mulestia, uma muda quebrou a testa num bule de butá chá.
Espere que eu vou contar
E meu pai furou-se num prego, a minha irmã fugiu com um cego e meu tio deu pra roubar.
Espere que eu vou contar
E o nome da minha mãe era Amélia da Conceição e papai tomava um pifame dos dois olhos atravessar.
Espere que eu vou contar
E o nome do meu pai José Francisco Cardoso era o velho mais mentiroso a que o brasil pode criar.
espere que eu vou contar
O nome da minha vó Cecilia Brito Ferreira era a velha mais fuazeira do forró de Jiquiá.
Espere que eu vou contar
Até que cehgou um dia papai foi dançar um samba na casa de zé muamba la na Rua do Ingá.
Espere que eu vou contar
Papai dançando com mamãe os dois já tava chumbado e dava cada umbigada do peneira levantar.
Espere que eu vou contar
Ai me deram um repuxo e eu gritei dentro do bucho ô isso é samba ou um azar?
Espere que eu vou contar
Quando foi com poucos dias, mamae começou sofrer,
ai disse pra papai ô negrinho pode ver uma parteira pra mim
que o "garotin" quer nascer.
Espere que eu vou contar
Meu pai saiu na carreira, e doido desimbestado,
Era poeira cobrindo, tinha um velho abestalhado,
E ele chegou numa venda ficou bebendo fiado.
Espere que eu vou contar
Ele chegou numa venda, pediu uma cana fria,
Encontrou-se com um c**pade, muitos anos que não via,
Encheu a cara de cana e veio chegar com 15 dias.
Espere que eu vou contar
E quando a parteira chegou, aí eu tinha nascido,
A parteira de pileque, e papai quase caindo,
Ela chegou de caçola, que a saia tinha perdido.
Espere que eu vou contar
Quando a parteira chegou, era somente sorrindo,
Com um cachimbo na boca, de vez em quando cuspindo,
E era arrudiando a cama e o fumaçeiro cobrindo.
Espere que eu vou contar
E eu nasci mais no perigo, e pra contar o meu umbigo, num tinha com que cortar.
Espere que eu vou contar
E tinha uma foice velha num munturo abandonada,
Tava toda enferrujada e relou pra lá e pra cá.
Espere que eu vou contar
Quando contarm o meu umbigo , e depois jogaram fora,
um urubu passou na hora, botou no bico e dê cá.
Espere que eu vou contar
O urubu saiu voando, e o carcará farejando, aperreando até tomá.
Espere que eu vou contar
Minha mãe saiu de casa, sem ter rumo e paradeiro,
Com muito pouco dinheiro, e com seis filhos pra criar.
Espere que eu vou contar
Chegando em Jaboatão, quando acabou o dinheiro,
Meu irmão fez dois pandeiros, de lata pra nós tocar.
Espere que eu vou contar
Quando chegamos na praça, no centro de Jaboatão,
Com dois pandeiro na mão, o povo pegou a juntar.
Espere que eu vou contar
Foi quando o prefeito chegou, disse que coisa estranha,
Um tem cara de caju e o outro cara de castanha.
Espere que eu vou contar
Partimos para o Recife no Mercado São José,
O povo ficava de pé pra ver a gente cantar.
Espere que eu vou contar
Fazia aquela rodada, era aquela alegria,
E quando ia cobrar o povo todo corria.
Espere que eu vou contar
Viemos para São Paulo, com uma mão na frente e outra atrás,
Que quando a gente chegou ficamos preso no Brás.
Espere que eu vou contar
Mas umdia em São Paulo, tava frio tava vento,
E a gente dois matutos, parecendo dois jumentos,
E a policia perguntou cadê logos os documentos
Espere que eu vou contar
E começou o sofrimento comigo e com meu irmão,
E a gente foi morar debaixo do minhocão.
Espere que eu vou contar
Mas Jesus que é verdadeiro e o seu nome é honrado,
E o caju gravou na cama para morrer consagrado.
Espere que eu vou contar, espere que eu vou contar,
um pouco da minha vida, como foi minha subida pra no sucesso chegar. (6x)