*Eu sou alma, névoa e pensamento,
E sou grito que esvoaça e som do vento,
Eu sou pranto que rola e dor sentida,
E a voz das aves que pelo céu anda perdida,
Eu sou orvalho vago ao surgir de aurora,
O que no mundo morre, vive e chora,
Sonhos de amor, tristeza, dor, mistério,
A flor que murcha e morre, além no cemitério,
E sou o luto que veste este mundo,
E a que dorme o sono mais profundo,
Em cruz de pedra talhada de amargura,
Eu sou do cravo morto o que ficou... a ternura,
Tudo eu sou! Mágoa e fatal tormento,
Árvore despida e as marcas do tempo,
Mas tenho um altar de estranha imensidade,
Um anjo azul que adoro, me dá luz e saudade.
E sou grito que esvoaça e som do vento,
Eu sou pranto que rola e dor sentida,
E a voz das aves que pelo céu anda perdida,
Eu sou orvalho vago ao surgir de aurora,
O que no mundo morre, vive e chora,
Sonhos de amor, tristeza, dor, mistério,
A flor que murcha e morre, além no cemitério,
E sou o luto que veste este mundo,
E a que dorme o sono mais profundo,
Em cruz de pedra talhada de amargura,
Eu sou do cravo morto o que ficou... a ternura,
Tudo eu sou! Mágoa e fatal tormento,
Árvore despida e as marcas do tempo,
Mas tenho um altar de estranha imensidade,
Um anjo azul que adoro, me dá luz e saudade.